Acolher é escolher olhar e escutar sem julgar. Existem conselhos que nos abraçam, acalmando a alma. Às vezes, basta estar do lado ou estender uma mão.
Temos essa linda tendência de cuidar do outro, ainda mais quando vemos que esse alguém que está em vulnerabilidade é uma pessoa que amamos. Tememos, porque não queremos ver alguém próximo sofrendo e buscamos todas as alternativas para defender quem gostamos.
Porém, em momentos delicados, nossas ideias podem ficar confusas. Acabamos por misturar o nosso apoio com o que acreditamos ser o certo. E isso, de alguma forma, compromete esse ato de ajudar.
Quando refletimos sobre o debate diário que travamos como cidadãos, seres sociais, esquecemos de algo primordial: as ideias mudam constantemente. É aquela máxima de que o que é o certo para você, pode não ser o mesmo para o outro.
Parece complexo, mas, se pararmos para pensar, há muita beleza nisso, pois é uma das qualidades que nos torna únicos e insubstituíveis. Thiago Costa, psicanalista e professor do curso de psicologia na Universidade de Fortaleza, aponta: “precisamos de um olhar mais cuidadoso para as contradições que nos unem e não para as oposições que nos separam”. O que nos distingue uns dos outros é essa ponte que rompe barreiras.
Para acolher alguém é necessário entender que nunca se conhece totalmente a dor do outro, há sempre uma parte da história que pertence somente a quem está sofrendo. E é isso que pode trazer uma orientação de como podemos ajudar.
Outro ponto importante é tentar se abster de julgamentos. Quando alguém está em crise o ideal é um apoio isento de preconcepções ou críticas, que podem agravar ainda mais a crise, deixando quem está sofrendo mais frágil, aumentando o nível de ansiedade e deixando sua percepção comprometida, o que pode gerar uma piora.
Não é que você vai ficar sem falar o que você pensa para quem você ama. Sua opinião é importante, mas, em momentos de crise, qualquer crítica pode ser um gatilho. É importante também uma breve reflexão sobre o que você vai trazer, aquela pergunta básica: será que o que vou falar vai realmente ajudar?
Fato é que temos essa tendência de assumir uma posição, lançar lado do que se acha certo ou errado. O que acaba surgindo quando colocamos nossa opinião de maneira incisiva. Mas, em um momento de crise, a circunstância pode ser sentida como uma totalidade. A percepção de quem está sofrendo fica totalmente comprometida. Esse sujeito pode perceber a ideia como algo invasivo e único.
O acolhimento está em um lugar oposto ao julgamento. Sim, para acolher é preciso se abster de opiniões rígidas, é necessário essa abertura que promove a compreensão sobre a dor do outro. Por mais que esse entendimento seja limitado, favorece o gesto de apoio.
A seguir, listei algumas dicas de como ajudar alguém que está em sofrimento.
O acolhimento é uma rede de apoio, uma compreensão social comum, um entendimento une práticas socioeducativas, um olhar para o outro, e um olhar para si. A psicoterapia é uma ótima sugestão para aprender a lidar com seus sentimentos e dos outros. O Amar.Elo Saúde Mental é uma plataforma em que você pode marcar e fazer suas consultas online, no conforto da sua casa, e com Cuidado Além da Tela.
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