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VIVER É REINVENTAR-SE

Jun 24, 2022 5:00:13 PM Psicóloga Bruna Barreto CRP 11/10675 2 min de leitura

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Bruna Barreto Barbosa (CRP 11/10675)

A vida é um processo de reinvenção contínua e está em incessante movimento de expansão. Há sempre necessidade de mais.

Em diferentes fases da nossa existência, nos confrontamos com circunstâncias que nos exigem adaptação ao inesperado, transformação. Essa reinvenção, entretanto, se dá de forma complexa, e não linear. Então, de que forma nos reinventamos?

É característico do ser humano a repetição. Seja no trabalho, nos relacionamentos amorosos ou familiares, nós desempenhamos papéis que norteiam nossa forma de viver. Quase sempre e inconscientemente, agimos de acordo com o que supomos ser o que esperam de nós. Sem nos darmos conta, repetimos padrões do passado, de um “ideal de Eu” construído desde os primeiros anos de nossa história.

O novo, a possibilidade de criar, para existir, precisa que algo se vá, ou seja, é necessário deixar morrer alguma coisa, se deparar com o luto e elaborá-lo, para atravessar a repetição e abrir-se à reinvenção.

É observado que as experiências trágicas, os processos de adoecimento e a morte, apesar de toda dor e tristeza causada, geram a possibilidade de ressignificação da vida do sujeito. É de frente com a morte e com os lutos que o viver inevitavelmente nos traz que o ser humano pode transformar-se.

Quando pensamos sobre nossa finitude, passamos a valorizar mais a nossa vida e o nosso tempo. Pensar sobre a morte é também pensar na maneira que estamos vivendo, oportunizando uma análise sobre nossas prioridades, redimensionando nossos problemas. Será que estamos vivendo a vida que realmente gostaríamos, sendo quem realmente somos ou reproduzindo padrões que aprendemos com o convívio em sociedade?

A vida é conflituosa, cheia de perdas e ganhos, e portanto, não há vida sem dor e sofrimento. Contudo, não significa dizer que devemos lutar contra o sofrimento inerente à vida, mas sim nos perguntarmos: o que esse sofrimento quer de mim? Pois até a angústia é necessária para crescermos e amadurecermos.

Pode-se dizer que o sofrimento psíquico, especialmente, é um dos mais difíceis de se lidar. Justamente pelo fato dele não ter localização, não conseguimos identificar um lugar no corpo, por exemplo, daí advêm o sentimento de angústia, desse sofrimento difícil de nomear e de descrever.

Precisamos de algum desafio para ir além. O sofrimento, apesar de desconfortável, nos move, nos faz buscar sentido. Uma vida previsível e sem obstáculos seria entediante. Portanto, não recuemos frente às experiências adversas, pois elas são capazes de nos conduzir a ir mais longe na construção de algo novo. Já dizia Cecília Meireles em seu poema Reinvenção: “a vida só é possível reinventada”.

 

Psicóloga Bruna Barreto CRP 11/10675

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